quarta-feira, 27 de março de 2013

Gestalt - Leis da Gestalt


A Teoria da Gestalt, em suas análises estruturais, encontrou determinadas leis que regem a percepção humana das formas, facilitando a compreensão das imagens e idéias. Essas leis seriam conclusões sobre o comportamento natural do cérebro, no que concerne ao processo de percepção. Os elementos constitutivos são agrupados de acordo com as características que possuem entre si, como semelhança, proximidade e outras que veremos a seguir. 
São estas, resumidamente, as Leis da Gestalt:
PROXIMIDADE: Os elementos são agrupados de acordo com a distância a que se encontram uns dos outros. Logicamente, elementos que estão mais perto de outros numa região tendem a ser percebidos como um grupo, mais do que se estiverem distante de seus similares.
SEMELHANÇA: Eventos semelhantes se agruparão entre si. Essa semelhança se dá por intensidade, cor, odor, peso, tamanho, forma etc. e se dá em igualdade de condições.
CONTINUIDADE: Há uma tendência de a nossa percepção seguir uma direção para conectar os elementos de modo que eles pareçam contínuos ou fluir em uma direção específica.
PREGNÂNCIA: A mais importante de todas, possivelmente, ou pelo menos a mais sintética. Diz que todas as formas tendem a ser percebidas em seu caráter mais simples. É o princípio da simplificação natural da percepção. Quanto mais simples, mais facilmente é assimilada.
EXPERIÊNCIA PASSADA: Esta se relaciona com o pensamento pré-Gestáltico, que via nas associações o processo fundamental da percepção da forma. A associação aqui, sim, é imprescindível, pois certas formas só podem ser compreendidas se já a conhecermos, ou se tivermos consciência prévia de sua existência. Da mesma forma, a experiência passada favorece a compreensão metonímica: se já tivermos visto a forma inteira de um elemento, ao visualizarmos somente uma parte dele reproduziremos esta forma inteira na memória.
CLAUSURA: Ou “fechamento”, o princípio de que a boa forma se completa, se fecha sobre si mesma, formando uma figura delimitada. O conceito de clausura relaciona-se ao fechamento visual, como se completássemos visualmente um objeto incompleto.
A psicologia da Gestalt também fala da questão da “figura/fundo” que seria a tendência de organizar as percepções do objeto sendo visto e do fundo sobre o qual ele aparece. A figura seria aquilo que procuramos ou voltamos a atenção e fundo seria o contexto no qual a figura está inserida, como por exemplo: quando você está com fome e busca um restaurante e o encontra, a figura é o restaurante e o fundo seria a rua. Assim como as páginas para o livro, as letras para o papel.

fonte: wikipédia

quinta-feira, 21 de março de 2013

Resumo: “ A IGNORÂNCIA..... O MAL DOS SÉCULOS “


 E o que dizem os dicionários a respeito da Ignorância? Segundo alguns autores, “Ignorante, é o indivíduo que não sabe”; “aquele que não tem conhecimento de algo”; é “quem desconhece”
Rui Barbosa, que a respeito dela afirmou: “ A chave misteriosa das desgraças que nos afligem é esta; e somente esta: a Ignorância! Ela é a mãe da servilidade e da miséria”
-“Dar conselhos a um homem culto é supérfluo; aconselhar um ignorante é inútil.” (Sêneca, 65-2,  DC);
-“O tolo, quando erra,queixa-se dos outros; o sábio queixa-se de si mesmo.” (Sócrates, 469-399, AC).
O ignorante estabelece critérios que desqualifica o conhecimento alheio em favor de sua falta de conhecimento. Ele faz idéias falsas sobre si, e o mundo que o cerca, de forma errônea e deturpada.
Conhecimento, é fundamental ao progresso e à  boa convivência social.
Ignorância é, e sempre foi, o maior flagelo da Humanidade
Quando falamos em cérebro dotado, que cria uma mente culta, não estamos nos referindo àquele que acumulou apenas conhecimentos específicos de uma determinada disciplina ou profissão, como por exemplo, um médico que só aprendeu o conhecimento médico-biológico; o engenheiro que somente estuda a  prática da matemática, química e da física;  Pode ser o melhor matemático do mundo; mas, se o seu conhecimento se restringe à  matemática ou outros conhecimentos afins; não é,necessariamente uma pessoa culta.
Não é acumulando e se condicionando com os péssimos e nefastos exemplos de muitos meios de comunicação, principalmente da Televisão, que vamos esperar melhores comportamentos das pessoas e condições humanas e dignas de vida. Pelo contrário, os exemplos diários desses veículos de comunicação estão nos levando à falência total da Moral, da Decência, do Respeito, da Honestidade, da Cultura
Rui previu, quando vaticinou: “ De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra; de tanto ver crescer a injustiça;de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus; o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto!
O ignorante reage com os músculos e o sábio, com o cérebro!
Os animais inferiores são muito instintivos e se comportam pelos impulsos mais primários, como, o da fome, da sede e do sexo; sendo este, exclusivamente para a procriação ( o erotismo é uma invenção dos humanos).
 Quanto mais você conhecer e nutrir o seu cérebro com dados (“coisas”= estímulos) positivos; mais a sua mente fará o melhor uso desses dados positivos que se acumularam nos neurônios. Quanto mais você conhecer e alimentar o seu cérebro com informações, dados e outras “coisas” negativas, nocivas e inúteis; mais você agirá de forma negativa, nociva e prejudicial a você e a todos os demais Seres que o rodeiam.
Mas, o que são as “coisas” ou fatos positivos e negativos do mundo que o seu cérebro assimila,grava, acumula (estoca) e faz a sua mente por em prática aquilo que guardou?
Uma pessoa se encontra nessa pobreza mental porque assimilou fatos e acontecimentos inúteis, negativos e nocivos. Na maioria das vezes ela não tem a mínima noção das “coisas” negativas que assimilou e gravou. O seu cérebro está repleto de gravações de cenas violentas, agressivas, repugnantes, abjetas  e prostituídas que viu na televisão, no cinema, nos jornais, nas revistas, no teatro, em livros, na internet e nos diversos outros meios de comunicação, notadamente nas cenas imorais e amorais ao alcance de todos.
O cérebro do ignorante está, também, cheio de gravações negativas provenientes do som distorcido do lixo “musical” que quase todos escutam, no mais alto grau da degradação sonora, dia e noite.
Ele não vai ter o conhecimento necessário para saber escolher os alimentos nutritivos e salutares para a preservação de sua própria saúde e da vida; daí a obesidade generalizada no mundo.
O que falar da devastação das florestas, da poluição do ar, da terra e das águas? As queimadas, as drogas (em que os imaturos ignorantes buscam preencher com as fantasias químicas, os seus vazios existenciais),a bebida (onde em cada esquina os imaturos ignorantes tentam afogar” as suas nulidades no álcool), no fumo (onde os ignorantes queimam os seus pulmões para aquecerem e esquecerem suas carências existenciais)
A Ignorância é a pior doença e a causa de todos os males da humanidade, em todos os tempos
Já se perguntou por que os piores e mais corruptos políticos e governantes do planeta estão nos países mais atrasados material e mentalmente?  Convivem eles na pobreza geral porque a maioria de suas populações  ignoram o valor e a importância do voto eleitoral, desconhecendo as terríveis conseqüências sociais advindas por não saberem escolher os seus representantes.
É cultivando a Ignorância que os  maus políticos e governantes se mantém eternamente no poder, às custas do voto fácil e inconseqüente das pessoas de pouco saber,

Resumista: FSantanna
baseado no texto de Carleial Bernardino Mendonça-www.recantodasletras.com.br

sexta-feira, 15 de março de 2013

Síntese do texto: Infância em Resistência às Políticas Internacionais


Políticas da educação infantil versus a influência do Banco Mundial.
A infância não é nem nunca foi um estágio imutável do desenvolvimento humano.
Política pública social: “ações e omissões que demonstrem uma determinada modalidade de intervenção do Estado em relação a uma questão de interesse da sociedade civil”.
Percebe-se uma grande lacuna entre os interesses dos cidadãos, sejam eles pais, mães e crianças, e os do Estado...
“Existem  claros sintomas de contradições entre os discursos social e político sobre a infância e as práticas sociais relacionadas com as crianças”. Divórcio entre legislação e realidade.
Constituição de 1988, foi um marco para visibilidade da infância e da educação das crianças pequenas.
Foi a expansão do trabalho das mulheres nos anos 60 que legitimou as instituições de Educação infantil como lugares próprios para a educação das crianças pequenas de todas as classes sociais no Brasil.
È interessante perceber que os empréstimos concedidos pelo Banco Mundial para os projetos na área educacional são mínimos, quando comparados ao total gasto em educação no Brasil. Seu controle, contudo é proporcionalmente maior do que seu papel financiador.
Para o Banco Mundial...O entendimento de criança como um futuro trabalhador produtivo.
Educação básica é vista somente como um meio de prevenção de futuros problemas.
Na Itália a infância e educação de crianças pequenas são amplamente visualizadas nas politicas. Com inclusão destas em todas as instancias da vida social: na agenda da programação artística das cidades; nas bibliotecas para crianças; também nas propostas de educação para crianças pequenas.
Desaparecimento da Infância?
Intendimento da infância como uma invenção(Postman). Para o autor a prensa tipográfica, assim como a alfabetização, introduziu uma nova configuração de idade adulta. E isso influenciou para que a ideia de infância se concretizasse.
A sociedade Europeia reinventou as escolas. E ao fazê-lo, transformou a infancia em uma necessidade.
Postman, responsabiliza a infância pela nova organização familiar, especialmente pela expansão da escola.
Crianças como atores sociais e não como meros receptores de informações, principalmente oriunda da mídia.
Idade adulta significa “mistérios desvendados e segredos descobertos”. Logo, se as crianças tem acesso à maioria das informações, não se distingui do adulto.
A escola é “única instituição que nos resta baseada no pressuposto de que há diferenças importantes, entre a infância e a idade adulta e que os adultos tem coisas de valor a ensinar as crianças”.
Kindercultura: ideia de infância a partir, basicamente do consumo.
Grandes corporações produzem o que a autora chama de currículo cultural, para as crianças, o que implica:” interesses comerciais que agem não em favor do bem social, mas da vantagem individual”.
O mito da infância inocente vem-se rompendo.
“Transformar crianças em consumidores”: onde tudo é disfarçado pelo divertimento.
Falta de diferenciação simbólica entre adultos e crianças motivada pelo consumismo. Inviabilizando o que Freud chamou de latência. Ideia de criança como um vir a ser e, Afinal, ela já é.
Autora: Denise Machado Moraes, Academica de Pedagogia da UFSM.

Educação como cultura: Carlos Rodrigues Brandão


Sobre o capitulo: Olhar o Mundo, ver a criança: Anotações sobre ciclos de vida e círculos de cultura e sugestões para olhar, quando pesquisar:

De incido o autor apresenta suas idéias principais sobre as crianças, citando Marguerite Youcernar, que diz que estas: vivem em um mundo que é delas; e essas relações, ninguém quer vê-las.
Muitos estudos tem sido feitos atualmente para tentar entende-las, que já sabemos muito, mas ainda tão pouco sobre elas, que os estudos de Pestalozzi, Walton, Piaget, Vytgotsky e Rousseau, ainda são atuais. Dentre estes estudos o autor salienta a importante diferença entre a abordagem de Piaget e Vygotsky. Sendo que o primeiro entende que a natureza psicológica da criança (internalização) transforma-se em natureza social (externalização). E o segundo baseia-se que a natureza sociocultural se transforma em natureza psicológica.
Uma boa parte destes estudos captura as crianças de seu cotidiano de vida, para situações de laboratório, onde são colocadas em pequenas “jaulas-salas". Quando perdem a naturalidade de viver seus mundos, pois somente livres de nós por alguns momentos elas conseguem ser o que são: crianças.
Precisamos de algum modo devolve-las aos momentos em que estão sozinhas, ou com outras, vivendo a criação invejável de fantasias que são suas verdades por alguns instantes, e as quais damos em geral o nome de “travessuras”.
Tentar entender quem são estas crianças, dentro de seus cenários e cenas socioculturais.
Não seria o momento de tentarmos entender a cultura da criança, com seus dos ciclos e círculos de cultura, símbolos e significados; não somente analisá-los através, e a partir de nossos padrões, e sua capacidade de absorver a cultura imposta pelos adultos?
As crianças estão sempre tentando estreitar laços com suas consócias mais próximas: as outras crianças, elas estão a todo momento criando, dissolvendo e recriando pequenos grupos, e situações dentro destes grupos.
Segundo nossa visão adulta as crianças, existem para serem socializadas, e devem ser educadas para “ser alguém na vida”.
Paulo Freire, em um escrito sobre “a criança e seus mundos”, relata seu mundo de criança e como segundo ele foi alfabetizado no chão do quintal de sua casa, a sombras das mangueiras, com palavras de seu mundo e não do mundo de seus pais. O chão foi seu quadro negro, e os gravetos seu giz”. Ao que parece o autor ao citar Paulo Freire entende que o mundo da criança tem suas ordem própria e não  a ordem dos adultos, para ele nada mais odioso para uma criança que uma sala impecável, ou um quarto perfeitamente em ordem, pois a criança é curiosa e tende a organizar o mundo de acordo com sua lógica, sem ainda estar subjugado pelo sentimento do dever, que regula a vida adulta, onde o brincar da criança é o eixo central de suas experiências pessoais, familiares, e grupais. O brincar aí para a criança, ganha a mesma importância que o trabalho para os adultos.
Cabe aqui salientar dentro de uma perspectiva de escola cidadã, a utilidade de entender em quais mundos de fato a criança vive; a repetição de seu cotidiano; dia a dia; ciclo a ciclo. Levando-se em conta os espaços da vida da criança: O mundo da família; o mundo da comunidade, os grupos de idade criados por crianças, adolescentes e jovens de mesma faixa etária; e os grupos de interesses envolvendo crianças, adolescentes e jovens de faixas etárias alargadas. Entendendo assim que o mundo da criança é bem maior que a sala de aula, pois, em aula é o mundo da escola, enquanto lá fora esta todo o mundo. E este é o dilema, como inserir a escola no mundo da vida cotidiana das comunidades?
 
Autora: Denise Machado Moraes, Academica de Pedagogia, UFSM.