quinta-feira, 23 de maio de 2013

Avaliação: Sinônimo de Nota ou de Aprendizagem? (Autora: Denise Machado Moraes)


A avaliação não pode ser entendida apenas como uma nota, mas sim como um processo amplo, onde o professor desenvolve estratégias para avaliar o aluno, mas esta avaliação do aluno também deve servir para que ele constantemente reveja suas praticas e se autoavalie, é um processo de mão dupla. A educação não pode ser vista como bancária, onde o aluno deve "saber" somente aquilo que o professor espera que ela saiba, e sim precisa  despertar o interesse do aluno,  dando a ele o direito de pensar por si próprio desenvolvendo assim a sua autonomia. o que deve se levar em consideração pelo professor em relação ao aluno é sua capacidade de pensar e resolver problemas. Assim o ensino deve passar por uma contextualização. Quem é que aprende aquilo que não lhe faz sentido algum?? 

Constantemente ainda vemos na Graduação professores que tem um discurso muito distanciado da Prática, muito falam em modelos flexiveis de avaliação, onde devemos levar em conta a realidade do aluno, mas na prática agem de outra forma. Com "moedas de troca" . Agindo totalmente de acordo com o modelo tradicional de ensino, com formas de avaliação que só consideram aquilo que ele deseja que o aluno saiba, desconsiderando o contexto de cada um. Não tenho dúvidas que  o modelo de ensino que tivemos desde os primeiros anos de vida, totalmente tradicional em muitas vezes, que prima pelo estimulo e resposta, deixa marcas profundas em nossa prática como docentes, pois primeiramente tendemos a reproduzir aquilo que já vivenciamos na pratica. Um ensino de qualidade passa pela valorização do aluno em primeiro lugar, Não é nada fácil na prática, pois tendemos a descontruir um modelo pronto e construir um novo. Para isso o professor em primeiro lugar deve acreditar no seu trabalho e apostar no que deseja, pois um discurso bonito sem a prática é algo incoerente, sem sentido. Assim abaixo trago uma citação de Freire que vem ao encontro do que acredito.

"Não posso escapar à apreciação dos alunos. E a maneira como eles me percebem têm importância capital para o meu desempenho. Daí, então, que uma de minhas preocupações centrais deve ser a de procurar a aproximação cada vez maior entre o que digo e o que faço, entre o que pareço ser e o que realmente estou sendo." (FREIRE, 1996, p.96)  

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